5 de set. de 2010

Tchau, Jaula. TÔ FELIZ PRA CARALHO.

Olhando no meu embaçado e distorcido retrovisor, hoje, não sei nem explicar como eu tive alguma dúvida, como eu pude demorar tanto tempo para tomar alguma iniciativa que mudasse minha vida de um jeito louco, não-convencional e feliz. Ter saído de uma jaula foi o maior alívio que eu já senti, mesmo com os 14/quase 15 anos de experiência na prisão.

Há quanto tempo você não se sente leve? Quero dizer, leve, feliz, disposta, sem cansaço e rindo de tudo? Eu sei que eu não me sentia assim constantemente. Aliás, eu não me sentia assim há séculos. E ter saído da jaula para tomar outras iniciativas e finalmente seguir coisas que eu quero seguir... Amazing.

Não vou dizer que foi fácil. Meu retrovisor pode ser distorcido com tendências eufemísticas e hiperbólicas quando é conveniente e oportuno, mas nem tanto assim. Aprendi a criar bolas. Quer dizer, criar coragem. Porque eu não quero mais reclamar levantando a bandeira da hipocrisia e me conformar em ser acomodada. Decidi o que eu quero ser. Eu quero olhar pra trás um dia e ver tentativas, não frustrações.

Enfim, é isso. EU TÔ FELIZ PRA CARALHO. E meus pais não têm ideia de como eu sou grata pela oportunidade que eles tão me dando, apesar dos contras dessa iniciativa que tinha tudo pra dar errado. Mas vai dar tudo certo. Eu tô leve pra caralho. Agora eu sei o significado de weightless, for realzzz.