Faltam 6 minutos para as quatro da manhã. Meus pensamentos desconexos me guiam para um patamar de intensidade que, dessa vez, já não me traz mais plenitude. Não posso passar minha vida ouvindo o tic do relógio ou observando outros tentarem impor uma imagem embaçada do que eu realmente sinto, do que eu realmente sou, do que eu realmente vivo.
Faz muito tempo que eu não escrevo. Faz pouco tempo que sinto uma inconstância de posicionamento da minha parte, observo minha impulsividade tomar inesperados caminhos, sinto minha ansiedade pulsar no meu sangue assim como minha sede por felicidade.
Você já pisou em ovos? Já temeu ter medo? Já sentiu que sua relação com uma das pessoas mais importantes da sua vida mudou? E quando você não consegue nem explicar de onde tudo isso vem? Já se sentiu distante toda uma realidade confortável que você batalhou pra conseguir?
Não preciso de pena. Não preciso de compaixão, muito menos de conselhos. Eu só preciso de um abraço verdadeiro sem tapinha nas costas e de um sorriso sem lágrimas nos olhos. Algo que dure mais do que cinco segundos.
Nem todo amor é só amor. Não se concorda com tudo que se compreende. Não existem nomes para todas as sensações, mas eu queria muito um nome novo pro que eu tô sentindo, pra poder tratar isso com um pouco mais de intimidade.
19 de mar. de 2011
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