14 de out. de 2010

Espirais

“No one notices the contrast of white on white.”

Omitir opiniões é fatigante, ainda mais quando são tantas. Aprendi que, se é pra errar, que erre com vontade. Aprendi também que tudo feito sem determinação e confiança não pode ser considerado suficiente. Chega de se contentar com mediocridade causada por imposições. Limite de horário, limite de pensamento, limite de merda. Chega de pisar em ovos.

Eu acredito no amor, eu acredito na ironia, eu acredito na queda. Eu acredito em todos, mas não acredito em argumentos baseados em uma única verdade. Não acredito em destino.

Então eu limpo a poeira do parapeito da minha janela, olho pra fora com esperança de ver algumas mudanças. Não acho nada. A mudança está em mim. Sento na cama, encaro o teto, procuro respostas. Bullshit. Procuro mais perguntas. E essas perguntas fazem de mim outra pessoa, essas perguntas são melhores que qualquer resposta que você quiser me dar. O questionamento vai me fortalecendo, construindo quem eu sou.

Então eu ouço uma música que me faz levantar da minha cadeira desconfortável e tomar direção. E cada nota acelera minha pulsação. Cada estrofe me alimenta, o refrão me mata dolorosamente. Ritornello.

Ritornello, o limite não existe.

A vida é uma espiral. Ela se repete. Só que você vê os mesmos problemas em diferentes ângulos, com diferentes experiências, o que obviamente requer novas formas de resolvê-los. Ou requer simplesmente novas maneiras de empurrá-los pra frente, sem fechar o que se tornam velhos ciclos. E aí, Bruna? Fechar ou não fechar o ciclo?

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